Por Vinícius Segalla Do UOL, em São Paulo
Dos 12 estádios construídos ou reformados para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, três foram erguidos em Estados sem tradição no futebol do país: Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, Arena Amazônia, em Manaus, e Arena Pantanal, em Cuiabá. Eram, desde o princípio, os maiores candidatos a se tornar "elefantes brancos" após a Copa, em que pese as autoridades públicas jamais terem admitido essa possibilidade.
Agora, o ano de 2015 vai chegando ao fim e já é possível tratar do assunto baseando-se em fatos e números, e não previsões. As três arenas, que são 100% públicas, deram prejuízo. Juntas, consumiram neste ano R$ 17,6* milhões a mais do que arrecadaram. Das três, a Arena Pantanal é a única em que, pelo menos, o cidadão está tendo algum ganho com o equipamento, já que o governo local passou a promover eventos culturais gratuitos dentro da arena, além de incentivar o uso comunitário das praças e dos jardins construídos em seu entorno.
Além do custo operacional, os estádios seguem sendo pagos e assim seguirão por mais de dez anos, na medida em que vencem as parcelas dos empréstimos tomados para bancar as obras.
Em nenhuma das arenas o futebol sozinho é capaz de garantir uma rentabilidade mínima. Assim, cada Estado buscou suas formas de dar uso aos equipamentos. Veja, abaixo, como foi o ano de 2015 daqueles que foram apelidados como elefantes brancos da Copa.